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Construção à medida do cliente dinamiza escritórios

Ainda que este ano tenha sido já registada uma absorção de 41.800 m2 de espaços de escritórios, em Lisboa, 3,6% superior à do período homólogo, o número seria consideravelmente inferior se fosse excluída a construção de um edifício à medida do ocupante que representou 17.400 m2, revelam os dados do relatório trimestral “Lisbon Office MarketView” da CBRE.

Efectivamente, o nível de absorção foi impulsionado pelo início da construção de um edifício à medida do ocupante e os números registados neste primeiro trimestre estão em linha com as expectativas da CBRE em relação à ocupação de espaços de escritórios, em Lisboa, em 2019.

A maioria dos negócios – 44% – decorreu da mudança de instalações, enquanto 20% resultou da instalação de novas empresas em Lisboa.

Num mercado onde a procura permanece elevada, a taxa de disponibilidade de espaços mantém-se reduzida, nos 6%, o que tem levado à subida da renda prime em diversas zonas da cidade, com acréscimos que variam entre os 3% e os 7%, atingindo-se valores de 23€/m2/mês nos melhores escritórios da cidade.

Cristina Arouca, directora de Research da CBRE, destaca que “a falta de oferta neste segmento poderá resultar na perda de competitividade na captação de novas empresas. Assim sendo, é fundamental que os promotores invistam na reabilitação e também em obras novas, para que se possa dar resposta à elevada procura existente”.

Até o final do ano, estima-se que sejam concluídas as obras em diversos edifícios que totalizam 46.000m2, dos quais metade já estão pré-arrendados. A escassez de oferta em Lisboa irá perdurar ao longo dos próximos dois anos e deverá traduzir-se na construção de outros edifícios à medida do ocupante e num acréscimo no número de contratos de pré-arrendamento, assim como em novos aumentos de rendas ao longo do presente ano.