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Comissão Europeia quer aproveitar energia de ondas e marés

A União Europeia (UE) pretende levar a cabo um plano de acção para aproveitar a energia das ondas e das marés dos Estados-membros com costa marítima. O objectivo é sensibilizar os países para as formas de energia alternativas.

Este plano de pretende apresentar, em 2016, um “roteiro” para o aproveitamento da energia do mar, com um recenseamento de objectivos e meios. O fim desta iniciativa é encorajar os países a fazer recursos destas energias como complemento a outras fontes renováveis, tais como a energia eólica e solar.

O comissário europeu para a Energia, Gunther Oettinger, explicou, em conferência de imprensa, que a energia do mar “é uma fonte energética que está ‘à mão’ e que pode ser explorada de maneira ecológica”. Aliás, mostrou-se mesmo confiante na capacidade da indústria europeia em desenvolver o mercado da energia das ondas e das marés, onde já possui uma posição dominante no sector mundial da construção de turbinas e que já geraram grupos empresariais experts como o francês Alsthom, o suíço e sueco ABB e o alemão Siemens.

Na mesma conferência, a comissária para os Assuntos Marítimos, Maria Damanaki, defendeu que a Europa está na vanguarda neste sector, dando destaque a vários projectos em curso em Portugal, no Reino Unido, França, Espanha e nos países da Escandinávia. Ainda assim, lembrou que os custos de produção dos equipamentos são extremamente elevados e apelou para esforços de desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias que tornem o aproveitamento da força do mar mais rentável.

No caso português, a comissária referia-se à central experimental de aproveitamento da energia das ondas localizada nos Açores. A funcionar na ilha do Pico, desde 1999, tem uma potência instalada de 400 kW e que foi a primeira central desta natureza a ser ligada a uma rede pública de abastecimento de electricidade.