< Voltar

Alterações climáticas devem ser prioridade dos futuros líderes europeus

Uma coligação de organizações apelam aos futuros líderes europeus para mais acção para resolver a emergência climática.

O apelo para a acção climática surge na mesma semana em que os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) vão debater sobre o futuro da Europa, na Cimeira de Sibiu (na Roménia) em 9 de Maio, e em plena campanha para as Eleições Europeias, que irão decorrer entre 23 e 26 de Maio. Em comunicado, a organização ambientalista ZERO diz esperar que as alterações climáticas sejam um assunto central em ambos os momentos, depois do tema ter ganho destaque na forma de protestos de jovens e cidadãos por toda a Europa, exigindo mais acção política.

No documento salienta cinco as prioridades de acção que as organizações signatárias destacam para o novo Parlamento Europeu e a Comissão, bem como para todos os governos dos Estados-Membros da UE: Comprometer para acelerar as acções necessárias para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030, e atingir o objectivo de emissões líquidas nulas, logo que possível; planear o fim do uso de combustíveis fósseis e fornecer um apoio forte à eficiência energética, às energias renováveis e aos cortes de emissões fora do sector de energia; salvaguardar uma transição justa e justa e garantir que a UE reforce o seu apoio aos países em desenvolvimento para a mitigação e adaptação às alterações climáticas; aumentar os esforços para implantar a economia circular e aumentar a eficiência dos recursos; e reconhecer a proteção da biodiversidade e a restauração de eco-sistemas como um componente crucial da acção climática.

Os signatários incluem algumas das maiores redes de cidades e regiões da Europa (por exemplo, C40, Energy Cities, Climate Alliance, Fedarene, CPMR), grupos empresariais mais influentes (como a Corporate Leaders Group, Haga Initiative, Climate Leadership Council), organizações não-governamentais que acompanham os temas de clima e energia (como a Rede Europeia para a Acção Climática da qual a ZERO faz parte e é também signatária do documento) e membros de um movimento internacional de estudantes em greve (Youth for Climate, Fridays for Future).

Para a ZERO, este apelo para a ação climática está em linha com as exigências dos movimentos juvenis e as reivindicações das famílias demandantes envolvidas no caso legal “Pessoas pelo Clima” (entre as quais três portuguesas), para que as instituições europeias aumentem as metas de energia e clima para 2030 por forma a atingir o objectivo das emissões líquidas zero antes de 2050, e assim evitar os impactos das alterações climáticas que os cidadãos europeus já estão a sentir. Agora é a hora dos decisores da UE se posicionarem e se comprometerem com acções decisivas para enfrentar a emergência climática.