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Parque da Pena recupera elementos históricos

A Parques de Sintra concluiu este mês, no Parque da Pena, um conjunto de projectos de recuperação de estruturas construídas e jardins. O objectivo é conservar os elementos que marcam o local, tanto do ponto de vista histórico como estético.

A intervenção, faseada, incluiu trabalhos no Vale dos Lagos, Feteira da Rainha e Jardim das Camélias, representando um investimento de cerca de 300.000 euros, suportado totalmente pela Parques de Sintra.

Em 2012 tiveram início as intervenções nos jardins com o restauro da rede de caminhos, escadas e muros. Em paralelo dotou-se a área de infra-estruturas, nomeadamente de distribuição de água, energia para iluminação dos caminhos e abastecimento da Estufa Quente, telecomunicações e equipamentos de rega. As estruturas do sistema de águas original, como minas, canaletes, condutas, tanques e pequenos lagos decorativos, canais e cascatas, têm vindo a ser também recuperadas.

A valorização da vegetação existente na área de intervenção iniciou-se em 2013, através da reprodução de variedades e espécies existentes no parque (violetas, prímulas, fúchsias e hortenses). Na Feteira da Rainha plantaram-se fetos arbóreos que teriam existido nos canteiros. No Jardim das Camélias (galardoado em 2014 com o prémio Jardim de Camélias de Excelência, pela International Camellia Society) iniciou-se a reprodução das cultivares de Camellia japonica que integram a coleção de camélias produzida originalmente pelo viveirista do Porto, Marques Loureiro.

Recuperou-se também o traçado dos canteiros no patamar de implantação da Estufa Quente, de acordo com as descrições e orientações dos manuais de horticultura do séc. XIX, em voga à época de construção do Parque.

Quanto às estruturas edificadas e decorativas, distribuídas pelo Parque, o conjunto de projectos de recuperação agora concluídos inclui o portão de acesso aos lagos, as duas pateiras, o medalhão de homenagem a D. Fernando II, a Fonte dos Passarinhos e a Fonte da Concha, o muro do Tanque dos Frades, a ponte em arco e as duas Capelas (Manuelina e Menor). A complexidade destes trabalhos obrigou ao estabelecimento de equipas multidisciplinares, experientes e conhecedoras das técnicas envolvidas.