Portugal: campeão da eficiência energética
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, propôs Portugal como “Campeão Ministerial da Eficiência Energética”. Esta iniciativa foi avançada na 19.ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP19), que decorre em Varsóvia.
“Depois de termos sido campeões nas energias renováveis, o Governo português assumiu em Varsóvia o desígnio de sermos campeões também na eficiência energética nos edifícios, nos transportes e na indústria, reduzindo a nossa dependência energética do exterior, hoje situada nos 80%», afirmou Jorge Moreira da Silva.
Os “Campeões Ministeriais” são uma iniciativa da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas que, nesta COP19, pretende identificar países que desenvolvam áreas identificadas como tendo elevado potencial fator de mitigação dos efeitos das alterações climáticas e liderar acções que possam, mais tarde, vir a ser apresentadas como melhores práticas e exportadas para o resto do mundo.
Durante a COP, a Rede Europeia de Acção Climática apresentou o índice Climate Change Performance (CCPI), que coloca Portugal em terceiro lugar na lista dos países com melhores políticas ambientais e com políticas mais eficazes de combate às alterações climáticas, mas Jorge Moreira da Silva disse que Portugal pode ainda fazer melhor.
“Portugal é um País líder nas energias renováveis mas ainda com forte dependência energética. Há áreas em que podemos fazer ainda melhor, onde podemos agir mais profundamente e, nesse contexto, vemos a eficiência energética e o crescimento verde como forma de aumentar a nossa competitividade, criar mais empregos e reduzir ainda mais as nossas emissões», referiu o Ministro.
Jorge Moreira da Silva sublinhou também o compromisso de Portugal para alcançar um acordo vinculativo, ambicioso e justo, em diversas intervenções nesta COP19, cujas negociações ainda decorrem.
O ministro manteve encontros bilaterais com o ministro para as Alterações Climáticas e Energia do Reino Unido, com o ministro do Ambiente de Espanha, com altos responsáveis do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), bem como com a vice-ministra do Ambiente de Moçambique e com representantes de organizações não-governamentais.
Durante estes encontros, bem como durante as reuniões de ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, da Rede Ibero-americana de Alterações Climáticas e durante a intervenção na sessão plenária que decorreu na passada quinta-feira, o ministro sublinhou a necessidade de definir passos concretos para atingir resultados ambiciosos na COP 21, em Paris, em 2015, que beneficiem do empenho de todos os países.
Jorge Moreira da Silva defendeu ainda a necessidade das negociações desta COP 19 gerarem um processo que incentive os diferentes países a preparar as suas propostas de emissões de gases de efeito estufa.
