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Cinco anos depois como está o Acordo de Paris?

A dez dias da celebração de cinco anos do Acordo de Paris, assinado a 22 de Abril de 2016, a Eaton faz uma avaliação agridoce das medidas adoptadas durante este período.

Em Fevereiro passado, de acordo com as Nações Unidas, a nível geral, os países ainda estão longe de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC até ao final deste século, tal como estabelecido no objectivo. Mas, para a Eaton, empresa líder na gestão de energia, existem algumas razões para optimismo e este é um momento chave do caminho para a transição energética, que não pode ser perdido, e que a marca tem ajudado, a nível global, a levar a cabo.

A chegada de Joe Biden à presidência dos EUA e a sua decisão de regressar ao Acordo Climático de Paris representa uma redução de 7% nas emissões globais de CO2 dos combustíveis fósseis até 2020, como indicado num artigo publicado no Nature Climate Change. Embora este número se deva principalmente a políticas de contenção e outras medidas resultantes da Covid-19, poderia também indicar uma mudança na tendência, pelo menos nos países mais desenvolvidos. De facto, este mesmo estudo assinala que 64 países de alto e médio rendimento já estão a diminuir as suas emissões de carbono provenientes da combustão de combustíveis fósseis desde 2015, enquanto outros 150 continuaram a aumentá-las neste período.

“O acordo alcançado no ano passado para a recuperação económica da Europa após a Covid-19 é também um passo em frente nesta matéria, não só porque afecta quase um terço dos fundos à luta contra as alterações climáticas, mas porque especifica que todos os investimentos devem ser coerentes com o objectivo do Acordo de Paris de reduzir os gases com efeito de estufa”, diz José Antonio Afonso, responsável do segmento de Commercial Building da Eaton Iberia.

Alguns dos eixos destes investimentos poderiam ser a electrificação e a mobilidade sustentável. De facto, o relatório ‘Sector Coupling in Europe: Powering Decarbonization’ publicado pela BloombergNEF (BNEF) em colaboração com a Eaton e Statkraft, estima que a electrificação dos sectores de transportes, edifícios e indústria na Europa poderia reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 60% entre 2020 e 2050.

DR Foto: Anthony DELANOIX on Unsplash