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Mobilidade Sustentável: percepções e desafios

A percentagem de empresas com viaturas 100% eléctricas continua a crescer, revelou o Barómetro Automóvel de Mobilidade 2024, realizado pelo Arval Mobility Observatory da Arval.

De acordo com o estudo, em Portugal, prevê-se que, nos próximos três anos, cerca de 50% das frotas de ligeiros de passageiros nas empresas serão electrificadas. No que diz respeito ao segmento comercial, o número rondará os 20%.

A Arval concluiu que actualmente, 37% empresas já utilizam ou tencionam adquirir viaturas ligeiras de passageiros 100% eléctricas, um valor abaixo da média europeia (42%). Quando se refere a ligeiros de mercadorias, 28% as empresas dizem que já utilizam ou tencionam adquirir veículos 100% eléctricos, uma percentagem ligeiramente a acima da média europeia (27%).

Quando se refere a veículos ligeiros, 32% das empresas aponta como principal razão para a sua aquisição e utilização a redução do impacto ambiental; 30% referem a redução de custos e 22% a contribuição para uma melhor imagem da empresa. Já no que toca aos veículos comerciais ligeiros, as razões são: reduzir custos combustível e antecipar políticas restritivas para viaturas a combustão (33%); adaptação a Zonas de Emissões Reduzidas (ZER) (23%); e redução do impacto ambiental (21%).

O Barómetro Automóvel de Mobilidade 2024 revelou ainda que há alguns desafios que vêm associados à electrificação das frotas empresariais, sendo que 42% das empresas elegem como principal constrangimento a implementação de energias alternativas na frota, 35% identificam restrições públicas ao uso de carros a combustão, assim como, a adaptação a Zonas de Emissões Reduzidas (34%).

Comparativamente aos resultados europeus, a Arval apurou que em Portugal há uma maior preocupação das empresas na implementação de energias alternativas (42% vs 34%). Também outro número contrastante diz respeito à adaptação a Zonas de Emissões Reduzidas (34% vs 25%), isto pode dever-se ao facto de no nosso país haver apenas uma ZER, em Lisboa.

Por outro lado, 17% das empresas assumem que não estão elegíveis para relatório de Taxonomia da União Europeia, enquanto 15% não sabem. Já 28% afirmam que estarão elegíveis este ano e 40% nos próximos dois anos.

“Apesar da transição energética nas empresas ser urgente e se denotar um esforço para que tal aconteça, ainda há um caminho a ser percorrido e que poderá ser ainda lento. Os resultados do Arval Mobility Observatory reflectem que as empresas estão conscientes da urgência da transformação, mas também dos desafios que se avizinham, que são transversais a toda a Europa. Da nossa parte, iremos continuar a apoiar os nossos clientes no desenvolvimento das suas políticas de frota, encontrando as melhores soluções que promovam e incentivem a escolha de viaturas amigas do ambiente”, declarou Gonçalo Cruz, head of Consulting e do Arval Mobility Observatory.

Consulte o Barómetro Automóvel e de Mobilidade 2024 através de: https://www.arval.pt/sobre-a-arval/arval-mobility-observatory

DR Foto: Michael Fousert na Unsplash