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Lisboa Moderna atrai investigadores internacionais

O docomomo International vai debater a temática da “Reabilitação e Re-uso da Arquitectura do Movimento Moderno”. O evento vai decorrer no dia 27 Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e conta também com uma visita guiada à Lisboa Moderna, no dia 28 de Março.

A docomomo International – organização para a documentação e conservação de edifícios, lugares e bairros do Movimento Moderno, com representação em 70 países -, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, vai promover o seminário internacional que vai trazer a Portugal especialistas de renome internacional para discutir estratégias de reabilitação e re-uso de edifícios do Movimento Moderno. Segundo a organização, o número de inscritos excedeu as expectativas devido a uma forte adesão nacional e internacional com inscrições de países como Turquia, China, Brasil, México, Chile, África do Sul, Alemanha ou Japão.

Esta elevada procura justifica-se pelo painel de oradores que conta com o arquitecto e prémio Pritzker Eduardo Souto de Moura, Hubert-Jan Henket, professor Emeritus da Universidade Técnica de Delft (TU Delft), arquitecto e membro fundador do Docomomo International, Wessel De Jong, arquitecto, investigador em TU Delft e TU Eindhoven, membro fundador do docomomo International, entre muito outras personalidades ilustres.

A visita à Lisboa Moderna tem como objectivo conhecer diversas obras modernas de referência e será guiada pela presidente Ana Tostões e pelo arquitecto João Luís Carrilho da Graça.

Refira-se que, depois de Delft, Paris e Barcelona, a sede do docomomo International foi transferida para Lisboa, atraindo a atenção internacional para a inovação da arquitectura contemporânea portuguesa e para a excelência do nosso património moderno. Desde 2010, sob a presidência de Ana Tostões, foram integrados 18 novos grupos docomomo no mundo, designadamente na China, Angola e Israel.

Criado na Holanda, em 1988, o docomomo visa promover projectos e pesquisas sobre arquitectura moderna, catalisar a atenção do público, promover o levantamento e documentação do património arquitectónico do século XX, incentivar o desenvolvimento de técnicas e métodos adequados de conservação e lutar contra a destruição de obras significativas.

O docomomo estabeleceu-se como a organização mundial nos domínios da documentação e conservação, mas também no campo mais amplo da cultura arquitectónica. A sua dimensão interdisciplinar, que reúne uma rede de historiadores, arquitectos, engenheiros, urbanistas, paisagistas, artistas, estudantes, professores, é um recurso fundamental no diálogo sobre a actualidade do Movimento Moderno e o seu valor como um património à escala mundial, promovendo a reutilização destas estruturas na cidade contemporânea.