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Preços de arrendamento tiveram aumento significativo em 2023

O portal imobiliário Imovirtual divulgou o barómetro anual relativo à evolução dos preços médios anunciados, de arrendamento e venda, em Portugal, no último ano, concluindo que o arrendamento subiu 41% a nível nacional face a 2022, tendo contribuído largamente para este valor Portalegre, Leiria e a ilha da Madeira. Em relação à venda, verificou uma maior estabilidade face ao ano anterior, sobretudo nos distritos maiores como Lisboa e Porto.

Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de 2023 com 2022 e revelam que em relação ao valor médio dos imóveis para arrendar, verifica-se um aumento na renda média de +41%, estando 350 euros mais caro, quando comparado com 2022.

O Imovirtual salienta que, apesar de ao longo do ano ter verificado algumas oscilações e uma tendência para uma ligeira estabilização dos valores médios, em 2023 houve um aumento (+41%), fixando-se agora em 1 200€.

Este aumento no arrendamento, segundo o portal imobiliário, ficou a dever-se, sobretudo, aos distritos de Portalegre, Leiria e à Ilha da Madeira, sendo que Coimbra, Bragança e Ilha Terceira foram os que registaram um aumento de preço menor.

No que à venda de casas diz respeito, a subida dos preços médios de um ano para o outro foi mais ténue (+5%), o que representa um aumento de cerca de 12 950€, face ao ano passado.

Actualmente, os dados avançados, referem que comprar uma casa custa, em média, entre 299 950€. Esta subida é relativamente estável em todo o País, contudo, foi impulsionada pelos distritos de Castelo Branco, Évora e Coimbra. Em contrapartida, apesar de nenhum distrito ter registado uma quebra no preço, os que tiveram menor diferença foram: Braga, Bragança, Lisboa e Porto.

Relativamente à designação do imóvel, verificámos que, comprar um apartamento, ficou 6% mais caro do que em 2022. Enquanto que a moradia teve uma descida de 4%, face ao ano anterior.

De acordo com Sylvia Bozzo, Marketing manager do Imovirtual, “os preços de arrendamento tiveram um aumento significativo e os de venda mantiveram-se relativamente estáveis durante o ano. Esta foi uma consequência natural da situação macroeconómica com aumento dos juros”.

Arrendamento

Comparativamente com 2022, o Imovirtual demonstra que existiu uma subida dos valores médios de arrendamento de forma geral em todos os distritos, nomeadamente: Portalegre (+46%) que regista o maior aumento da renda média, que passa de 325€ para 475€; Leiria (+35%), passa de 568€ para 765€, ilha da Madeira (+35%) passa de 887€ para 1 200€, Lisboa (+34%), passa de 1 198€ para 1 600€, Faro (+30%), que passa 760€ para 990€ e Porto (+29%), que passa de 850€ para 1 100€.

Em relação aos distritos em que houve uma diminuição do preço médio de arrendamento, comparado com o período homólogo, Coimbra (8%), Bragança (9%) e ilha Terceira (10%) foram os que registaram a maior descida ao longo deste ano, com a renda média a fixar em 650€, em 450€ e 547€, respectivamente.

De forma geral, Bragança (450€), Guarda (470€), Portalegre (475€), Castelo Branco (500€) e Vila Real (522€) foram os distritos mais baratos para arrendar casa ao longo do ano. Lisboa continua a ser o mais caro, (1 600€), seguindo-se a Ilha da Madeira (1 200€), Porto (1 100€), Setúbal (1 1100€) e Faro (990€).

Na análise por concelhos, arrendar uma casa, este ano, no distrito de Lisboa, custou, em média 1 600 euros, um aumento de 34% face a 2022.

Comparando 2023 com 2022, foi possível verificar que, no distrito de Lisboa, as rendas das casas atingiram os seus valores mais elevados em 2023, nomeadamente, Dezembro de 2023, com os valores médios a rondar os 1 750€.  Em contrapartida, Janeiro de 2022 (1 045€) foi o mês mais baixo.

Apesar de se ter verificado um aumento em, praticamente, todos os concelhos, Cascais (69%), Cadaval (49%), Mafra (47%) e Odivelas (41%) são os concelhos com maior aumento da renda média ao longo do ano, face ao ano anterior, com os valores a subirem para 2 700€, 670€, 1 400€ e 1200€, respectivamente.

Em contrapartida, Lourinhã (750€, 7%) e Azambuja (750€, +9%) foram os únicos concelhos que registaram uma subida menor dos preços médios, ao longo deste ano.

Cascais, ao longo do ano, foi dos concelhos mais caros, com a renda média quase nos três mil euros (2 700€). Seguindo-se Lisboa (1 750€), Oeiras (1 450€), Mafra (1 400€) e Odivelas (1 200€).

Cadaval (670€), Lourinhã (750€), Azambuja (750€) e Alenquer (800€) foram, em 2023, dos concelhos com as rendas mais baixas no distrito de Lisboa.

Já no distrito Porto, arrendar uma casa custou, em 2023, em média 1 100 euros, tendo um aumento de 29% face a 2022.

Ao se comparar 2023 com 2022, foi possível verificar que, no distrito do Porto, Abril e Maio de 2023 (1 200€) foram os meses em que os preços das casas estiveram mais elevados. Em contrapartida, Junho de 2022 (820€) foi o mês mais baixo.

Felgueiras (67%), Marco de Canaveses (63%), Trofa (46%) e Vila Nova de Gaia (44%) registaram o maior aumento de preços de arrendamento das casas comparado com o ano anterior, onde os valores sobem para 750€, 700€, 875€ e 1 150€, respectivamente.

Em contrapartida, Penafiel (8%) foi o único concelho que registou uma subida menor das rendas médias, ao longo do ano, passando de 550€ para 595€.

Amarante (575€), Penafiel (595€), Lousada (600€) e Paços de Ferreira (640€) destacam-se como os concelhos mais baratos para arrendar casa, em 2023. Os mais caros foram Porto (1 200€), Matosinhos (1 200€), Vila Nova de Gaia (1 150€) e Maia (1 000€) .

Venda

No mercado de venda de imóveis, quanto à comparação com o ano anterior, o distrito que registou um maior aumento no preço das casas, foi Castelo Branco (+35%), onde os valores sobem de 82 000€ para 108 125€. Seguindo-se Évora (+34%, de 125 000€ para 167 750€), Leiria (+23%, de 195 000€ para 239 500€), e Coimbra (+23%, de 159 000€ para 195 000€, respectivamente).

Lisboa (1%, 445 000€ para 449 450€), Braga (2%, 250 000€ para 255 000€), Porto (3%, 292 500€ para 300 000€) e Bragança (3%, 118 000€ para 121 000€) foram os únicos distritos que tiveram subidas muito ligeiras.

Portalegre (68 000€), Guarda (79 437€), Beja (103 125€), Castelo Branco (108 125€) e Bragança (121 000€) foram os distritos mais baratos para comprar casa ao longo deste ano. Os mais caros foram Lisboa (449 450€), Faro (409 500€), ilha da Madeira (400 000€), Setúbal (322 500€) e Porto (300 000€).

No distrito de Lisboa comprar uma casa em 2023 custou, em média, 449 450€, sendo este o distrito mais caro do País.

Comparando 2023 com 2022, foi possível verificar que, no distrito de Lisboa, Abril de 2022 (472 500€) foi o mês em que os preços das casas estiveram mais elevados, sendo que, este ano, esse valor não chegou a ser ultrapassado, o mais perto foi Dezembro de 2023 (460 000€).

Em contrapartida, Fevereiro de 2022 (425 000€) foi o mês mais baixo.

Os concelhos que registaram um maior aumento no preço médio das casas, comparado com 2022, foram Cadaval (38%), onde os valores sobem de 149 000€ para 205 000€, Arruda dos Vinhos (+33%, 190 000€ para 253 500€). Seguindo-se Azambuja (+30%, de 135 000€ para 175 000€) e Alenquer (+29%, 139 000€ para 180 000€),

Amadora (-12%), Sobral de Monte Agraço (-1%), são os únicos concelhos que, face ao ano passado, registaram uma quebra do preço médio de venda, passaram de 250 000€ para 220 000€, 182 500€ para 179 900€, respectivamente.

Cascais e Odivelas (0%) foram os únicos concelhos que, quando comparado com 2022, mantiveram os valores médios, mantendo-se em 850 000€ e 315 000€, respectivamente.

Azambuja (175 000€), Sobral de Monte Agraço (179 900€), Alenquer (180 000€) e Cadaval (205 000€) destacam-se como os concelhos mais baratos para comprar casa, em 2023. Os mais caros foram Cascais (850 000€), Lisboa (545 000€), Oeiras (540 000€) e Mafra (448 000€).

No Distrito do Porto, comprar uma casa em 2023 custou, em média, 300 000 euros, sendo este um dos distritos mais caros do País. Contudo, quando comparado com 2022, verificou-se uma subida de 3%.

Comparando 2023 com 2022, foi possível verificar que, no distrito do Porto, os preços das casas atingiram os seus valores mais elevados em 2023, nomeadamente Dezembro de 2023 com os valores médios a rondar os 315 000€.  Em contrapartida, Janeiro de 2022 (265 000€) foi o mês mais baixo.

O Imovirtual dá ainda conta que o concelho que registou um maior aumento no preço médio das casas, comparado com 2022, foi Felgueiras (+21%), onde os valores sobem de 163 890€ para 198 315€. Seguindo-se Paços de Ferreira (+20%, 154 621€ para 184 868€), Penafiel (+15%, de 192 569€ para 222 323€) e Trofa (+15%, de 198 953€ para 229 037€).

Paredes (-10%) e Baião (-8%), são os únicos concelhos que, face a 2022, registaram uma quebra do preço médio de venda, passaram de 177 938€ para 160 552€, 182 234€ para 167 229€, respectivamente.

Lousada (156 566€), Marco de Canavezes (158 456), Paredes (160 552€) e Baião (167 229€) destacam-se como os concelhos mais baratos para comprar casa em 2023. Os mais caros foram Porto (349 077€), Vila Nova de Gaia (305 475€), Matosinhos (303 604€) e Vila do Conde (364 153€).

DR Foto: Goncalo Verdasca na Unsplash