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Jiang Shanqing no Museu Oriente

De 6 Fevereiro a 27 Abril, a Fundação e Museu Oriente recebe as obras do pintor contemporâneo chinês: Jiang Shanqing. É considerado pela Sotheby’s inglesa, especialista do mercado de arte contemporânea chinesa, como um dos maiores nomes da pintura da China.

Dizem-no “habitado por uma luta interior entre o racional e a intuição”. Todo o seu saber reside no facto de conseguir dominar a tinta sobre o papel chegando a criar diferentes tonalidades de manchas.

Segundo o crítico e historiador de arte Yves Kobry “se a fonte de inspiração de Jiang Shanqing é profundamente chinesa, quer pelo espírito que o habita quer pelas técnicas empregues, ela não é estranha para um ocidental lembrando, pela dinâmica gestual, certos artistas do século XX como Jackson Pollock”. No entanto existe uma diferença. Jiang nunca satura o espaço, antes deixa o movimento flutuar livremente no suporte de papel, conservando assim a sua autonomia e dinâmica. Por mais abstracto que seja o motivo, o mundo visível permanece sempre subjacente e conserva o seu poder evocativo.

O mesmo acontece com algumas das suas caligrafias que o artista deforma, abstraindo-se do signo até que este perca o seu significado, ainda que conservando a sua força sugestiva à maneira de um acorde musical. Por mais complexa que seja a composição, a harmonia, o equilíbrio provêm da densidade, da difusão da tinta que faz a mancha e do espaço deixado para respirar. 

Jiang nasceu em Haining, em 1961, e vive actualmente em Beijing, dividindo o seu tempo entre a China, o seu ateliê parisiense e um pouco por todo o mundo onde é convidado a expor. Em 2012 alcançou o 4º lugar, na classificação mundial das vendas em leilões de artistas contemporâneos chineses. Talvez por isso, o professor Ain Robertson, do departamento das Artes da Sotheby’s inglesa, especialista do mercado de arte contemporânea chinesa, considera Jiang Shanqing um dos maiores nomes da pintura do seu país.