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Metropolitano de Lisboa adia arranque de ocupações temporárias e expropriações

O Metropolitano de Lisboa (ML) comunicou que, no âmbito do projecto de Prolongamento da linha Vermelha de São Sebastião até Alcântara, decidiu adiar a data de posse administrativa das frações, prevista para 29 de novembro de acordo com o previsto na lei do Código das Expropriações.

Esta decisão foi tomada no seguimento de contactos que decorrem entre a empresa e os moradores e proprietários abrangidos pelo processo de expropriações e ocupações temporárias, que foi adiado para data a anunciar. O objectivo do ML é alcançar um acordo que minimize os transtornos e reduza os impactos que venham a ser causados pelo prolongamento da linha Vermelha até Alcântara.

De acordo com ML, “desde o início deste processo, que arrancou a 1 de setembro, o Metropolitano de Lisboa tem mantido contacto permanente com as partes interessadas, estando activamente comprometido em encontrar as melhores soluções para minorar os impactos causados”. A empresa referiu ainda que é seu compromisso que ninguém tenha de abandonar a sua habitação “antes que seja encontrada uma solução”.

Em comunicado, o ML afirmou que irá “indemnizar todos os interessados, designadamente proprietários, arrendatários e empresas”, de acordo com o que está previsto na lei e mediante o valor apurado por peritos avaliadores independentes designados pelos Tribunal da Relação de Lisboa.

No que toca ao Baluarte do Livramento, o ML declarou que o espaço será ocupado temporariamente, pelo tempo estritamente necessário para “a instalação de um estaleiro e a construção de um túnel”. Concluída a obra, “o estaleiro será retirado e o espaço sobrante será devolvido à Câmara Municipal de Lisboa, entidade a quem caberá definir a utilização que será dada ao espaço”, afirmou a empresa em comunicado.

Com uma extensão total de cerca de quatro quilómetros, o prolongamento da Linha Vermelha São Sebastião/Alcântara iniciar-se-á a partir da zona já construída, localizada após a estação São Sebastião, através de um troço em túnel construído junto ao Palácio da Justiça. Ao longo do traçado de túnel de via dupla, está prevista a construção de três novas estações subterrâneas – Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique e Infante Santo – e uma estação à superfície – Alcântara.

A conclusão deste prolongamento está prevista para o ano 2026, estando enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-2026, com um financiamento no montante global de quatrocentos e cinco milhões e quatrocentos mil euros.

Mais informações em https://projetos.metrolisboa.pt/

DR Foto: Kateryna Ivanova na Unsplash