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A emergência do Flex Living

Desde a pandemia, a flexibilidade e a procura por soluções de habitação e alojamento dinâmicas e sustentáveis têm ganho relevância, fazendo do Flex Living uma tendência emergente no mercado imobiliário europeu, divulgou a Urbanitae, plataforma espanhola de crowdfunding imobiliário.

As novas tendências demográficas, como o crescimento da população nas zonas urbanas, a diminuição dos agregados familiares, a dificuldade de acesso à habitação ou o aumento dos preços de arrendamento, entre outros, estão a tornar o Flex Living cada vez mais popular. De facto, segundo a Urbanitae, verifica-se um aumento da procura por alojamentos capazes de oferecer soluções adaptadas às contínuas mudanças que ocorrem no modo de vida actual.

Um relatório recente da JLL revela que o mercado Flex Living na Europa vai continuar a crescer nos próximos anos. Actualmente, são os Países Baixos que têm este mercado imobiliário mais consolidado no continente, e França apresenta o maior número de unidades de Flex Living em funcionamento. Prevê-se, contudo, um crescimento acentuado em Espanha, devido aos novos projectos em curso e que trarão um valor significativo ao mercado no futuro.

Segundo este relatório, Portugal posiciona-se no sexto lugar a nível europeu, mas espera-se que cresça gradualmente neste segmento até 2026. O sector Living tem ganho força no nosso país nos últimos anos, especialmente em áreas urbanas e turísticas e nas cidades de maior dimensão. Alguns exemplos:

  • Em cidades como Lisboa e Porto, o coliving tem actraído jovens profissionais e nómadas digitais, particularmente devido à falta de habitação acessível e ao crescimento do trabalho remoto;
  • O mercado de apartamentos com serviços está também em crescimento, impulsionado por turistas que preferem estadas longas e expatriados com poder de compra que procuram encontrar, no nosso país, mais flexibilidade, comodidade e conforto;
  • O governo português tem implementado políticas para actrair investimento estrangeiro, incluindo incentivos no sector imobiliário que favorecem o desenvolvimento destas soluções habitacionais flexíveis. O sector privado também tem respondido à procura crescente com novos projectos que incorporam conceitos de Flex Living.

Face ao panorama actual, o investimento imobiliário em Flex Living agigante-se como uma oportunidade cada vez mais actrativa. Segundo a plataforma espanhola, os investidores procuram investir em propriedades que se adaptem a diferentes necessidades e inquilinos ao longo do tempo, seja através de aluguer de curto ou longo prazo, para utilização pessoal ou outros.

Algumas das principais vantagens do investimento em Flex Living são:

  • Maior flexibilidade: os investidores podem adaptar as suas propriedades às alterações do mercado e às necessidades dos inquilinos;
  • Diversificação de renda: conseguem diversificar as suas fontes de rendimento, reduzindo o risco associado ao investimento;
  • Maior rentabilidade: a capacidade de arrendar um imóvel a curto prazo, especialmente em zonas turísticas, pode aumentar significativamente a rentabilidade em comparação com arrendamentos de longo prazo;
  • Utilização pessoal: permite que desfrutem dos seus próprios imóveis em momentos específicos.

Por exemplo, a Urbanitae informou que financiou recentemente um projecto desta categoria em Málaga, o projecto Oceánika. Trata-se da reconversão de um antigo hotel num centro comercial e residencial flexível, com 180 quartos, uma área comercial e múltiplas comodidades, com um rendimento preferencial para o investidor de 18% de taxa interna de retorno (TIR).

“O Flex Living está a redefinir o mercado imobiliário, oferecendo soluções que dão resposta às crescentes necessidades de flexibilidade e adaptação das pessoas. Este conceito não só acompanha as mudanças no estilo de vida moderno, como também representa uma oportunidade significativa para os investidores, que podem beneficiar de uma maior diversificação e rentabilidade dos seus portefólios. Na Urbanitae, acreditamos que o investimento em Flex Living não é apenas uma tendência passageira, mas uma estratégia sustentável e lucrativa para o futuro,” afirma Simão Cruz, country director Portugal da Urbanitae.

DR Foto: Cedida por Urbanitae