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Avaliação da habitação volta a aumentar

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou que valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 1 618 euros por metro quadrado (euros/m2) em Junho de 2024, ou seja, subiu mais oito euros que o observado no mês precedente.

Em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 6,6% (igual à de Maio). Em Junho foram efectuadas cerca de 31,7 mil avaliações bancárias, o que representa uma descida de 3,2% face ao mês anterior e um aumento de 37,8% em termos homólogos.

De acordo com o INE, no que diz respeito à habitação, em Junho, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1 618 euros euros/m2, tendo aumentado oito euros (0,5%) face a Maio.

Em destaque encontra-se a Região Autónoma da Madeira que apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,1%), tendo-se verificado uma única descida no Alentejo (-0,2%). Em comparação com Junho de 2023, o valor mediano das avaliações cresceu 6,6%, observando-se a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira (17,9%), não se tendo verificado qualquer descida.

No segmento de apartamentos, no mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária foi 1 796 euros/m2, tendo aumentado 6,1% relativamente a Junho de 2023. Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2 387 euros/m2) e no Algarve (2 186 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (1 216 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (16,3%) e o Algarve o menor face ao mesmo período do ano anterior (1,2%). Comparativamente com o mês de Maio, o valor de avaliação subiu 0,9%, registando a Região Autónoma da Madeira a maior subida (2,2%) e o Alentejo, a menor (0,1%). O valor mediano da avaliação para apartamentos T1 aumentou 13 euros, para 2 321 euros/m2, tendo os T2 subido nove euros, para 1 833 euros/m2, e os T3 aumentado 15 euros, para 1 602 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 92,2% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.

No que concerne ao valor mediano da avaliação bancária das moradias foi, segundo o INE, de 1 272 euros/m2 em Junho, o que representa um acréscimo de 8,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Neste segmento os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2 409 euros/m2) e no Algarve (2 243 euros/m2), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (975 euros/m2 e 1 052 euros/m2, respectivamente). A Região Autónoma da Madeira apresentou o maior crescimento homólogo (18,3%), tendo-se registado o menor na Península de Setúbal (3,1%). Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 0,7%. A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento mais elevado (2,8%), ocorrendo uma única descida no Norte (-0,1%). O valor mediano das moradias T2 desceu 16 euros para 1 252 euros/m2, as T3 subiram quatro euros para 1 242 euros/m2 e as T4 subiram um euro, para 1 329 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 89,7% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.

De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em Junho de 2024, a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral e apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do País em 47,7%, 35,7%, 16,6%, 14,3% e 10,8%, respectivamente. Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela e Alto Tâmega e Barroso foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do País (-49,8%, -47,7% e -45,5% respectivamente).

O INE refere que para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de Junho foram consideradas 31 720 avaliações (20 078 apartamentos e 11 642 moradias), isto é, mais 37,8% que no período homólogo. Esta variação reflecte, conforme o instituto oficial salienta, essencialmente o menor número de avaliações realizadas em Junho de 2023, mês em que se registou uma redução homóloga de 21,3%. Refere ainda que, em comparação com o período anterior, realizaram-se menos 1 061 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 3,2%.

DR Foto: Yvonne Einerhand na Unsplash