< Voltar

Avaliação da habitação volta a subir

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 1 610 euros por metro quadrado (m2) em Maio de 2024, mais 14 euros que o observado no mês precedente. Em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 6,6% (7,0% em Abril). Refira-se que o número de avaliações bancárias foi cerca de 32,8 mil, o que representa uma subida de 2,9% face ao período anterior e um aumento de 40,5% em termos homólogos.

No seu refere à habitação, em maio, o INE avança que o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1 610 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 14 euros (0,9%) face a Abril. O Algarve apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,9%), tendo a descida mais acentuada sido verificada na Região Autónoma dos Açores (-4,6%). Em comparação com Maio de 2023, o valor mediano das avaliações cresceu 6,6%, observando-se a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira (16,8%), não se tendo verificado qualquer descida.

No segmento de apartamentos, no mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1 780 euros/m2, tendo aumentado 5,4% relativamente a Maio de 2023. Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2 350 euros/m2) e no Algarve (2 149 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1 211 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (18,3%) e o Algarve o menor face ao mesmo período do ano anterior (0,4%). Comparativamente com o mês de Abril, o valor de avaliação subiu 0,6%, registando o Algarve a maior subida (2,7%) ocorrendo a descida mais acentuada no Alentejo (-3,4%). O valor mediano da avaliação para apartamentos T1 aumentou 23 euros, para 2 308 euros/m2, tendo os T2 subido 14 euros, para 1 824 euros/m2, e os T3 aumentado 12 euros, para 1 587 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 92,1% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.

Ao nível das moradias, o INE informa que o valor mediano da avaliação bancária das moradias foi de 1 263 euros/m2 em Maio, o que representa um acréscimo de 9,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2 367 euros/m2) e no Algarve (2 206 euros/m2), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (975 euros/m2 e 1 052 euros/m2, respectivamente). A Região Autónoma da Madeira apresentou o maior crescimento homólogo (16,8%), tendo-se registado o menor no Algarve (4,1%). Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 1,2%. A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento mais elevado (4,1%), ocorrendo a descida mais acentuada na Região Autónoma dos Açores (-4,2%). O valor mediano das moradias T2 subiu 30 euros para 1 268 euros/m2, as T3 subiram seis euros para 1 238 euros/m2 e as T4 subiram 23 euros, para 1 328 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 90,1% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.

Análise por Regiões NUTS III De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em maio de 2024, a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral e apresentaram valores de avaliação 46,0%, 34,8%, 14,7%, 14,0% e 10,9%, respectivamente, superiores à mediana do País. Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela e Alto Tâmega e Barroso foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do País (-50,0%, -47,2% e -45,7% respectivamente).

O INE sublinha ainda que, nos últimos dez anos, todos estes indicadores apresentaram uma tendência de crescimento, reflectindo uma expansão do mercado imobiliário. Entre o terceiro trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023, o número de transacções de habitações mais do que duplicou (+114,6%), passando de cerca de 15 000 no primeiro trimestre de 2014 para mais de 33 000 nos primeiros três meses deste ano.

No período em análise, o número de avaliações bancárias cresceu 330,7%. No primeiro trimestre de 2014, foram efectuadas 7 087 avaliações bancárias, e nos primeiros três meses de 2024 este número ascendeu a 30 523. Este aumento pode ser atribuído a vários fatores, tais como o aumento da procura imobiliária e a evolução das taxas de juro que incentivou o financiamento bancário da aquisição de imóveis até meados de 2022. Paralelamente ao crescimento das avaliações bancárias, como seria expectável, verificou-se também um aumento muito significativo no número de novos contratos de crédito à habitação (+920,8%). Nos primeiros três meses de 2014 o número de novos créditos à habitação foi de 2 811 e no primeiro trimestre de 2024 foi de 28 694.

DR Foto: Lili Popper na Unsplash