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CBRE confiante em 2014

A facturação muito elevado em diversas áreas em que opera levam a CBRE a fazer um balanço positivo da sua actividade em 2013. Por isso, o director Geral Francisco Horta e Costa considera que pode “encarar 2014 com optimismo”.

A consultora imobiliária CBRE revelou os resultados relativos ao ano de 2013 e apresentou também as perspectivas para 2014. O director Geral, Francisco Horta e Costa, revela que estão “muito satisfeitos com os resultados do ano passado, tendo crescido significativamente em várias áreas de negócio. Mantivemos um nível de facturação muito elevado em áreas como a agência de retail ou as avaliações, o que demonstra bem a confiança que os nossos clientes continuam a depositar na equipa da CBRE.”

O representante máximo da CBRE explica que assessoraram “transacções de investimento importantes, como a plataforma de logística da Chronopost no Norte, assim como vendemos vários activos para reabilitação no centro de Lisboa, um dos quais na Avenida da Liberdade. O ano de 2013 foi também um ano muito importante para a CBRE, uma vez que demos um novo impulso a duas áreas estratégicas do nosso negócio, o Property & Asset Management e o Building Consultancy, com o objectivo de aumentar nossa facturação nas áreas não transaccionais, e que já estão a dar resultados, sendo disso exemplo o facto de um grande investidor Alemão (a Deka Immobilien) nos ter confiado a gestão de um centro comercial em Torres Novas, o TorreShopping”.

A área de negócios de Capital Markets, dedicada à assessoria na compra e venda de imóveis de rendimento, actuou na venda de diversos activos como a plataforma logística da Chronopost (considerado o negócio mais importante do ano no sector Industrial & Logística) e a transacção de dois escritórios na zona prime de Lisboa com investidores privados, um proveniente da China e outro do Brasil.

A área de negócio de Development, que se dedica à venda de terrenos e edifícios para reabilitação, registou em 2013 uma subida na faturação de 22%, tendo vendido, entre outros, um edifício na Avenida da Liberdade destinado à construção de um hotel, bem como um edifício na Rua da Prata e de outro na Rua do Carmo, ambos para reabilitação residencial, a um fundo nacional e a um investidor brasileiro respectivamente.

Depois de um excelente ano em 2012, a equipa de agência de Retail continuou em alta em 2013, sendo uma das áreas de negócio da CBRE com facturação mais significativa, tendo registado um crescimento de 9% relativamente ao ano anterior. É de salientar a intervenção da CBRE em transacções como a venda das instalações do supermercado do El Corte Inglès no Restelo (Supercor), o arrendamento de 6.000 m2 em Portimão ao Continente e os arrendamentos das lojas da Rimowa e Torres Joalheiros na Avenida da Liberdade. O departamento de Retail foi ainda responsável pelo arrendamento das lojas das Havaianas e Stradivarius no Chiado e da Massimo Dutti no Funchal. Os negócios concretizados no comércio de rua representaram 58% da facturação deste departamento, sendo os restantes formatos responsáveis pelos remanescentes 42%.

A agência de Escritórios concluiu várias transacções relevantes, tais como, a representação da Oracle na renegociação das condições comerciais e contractuais no Lagoas Park, da Towers Watson no arrendamento de 1.200m2 no edifício Liberdade 245 e da Glen, no arrendamento de 1.900m2 no edifício Duarte Pacheco 7 a uma empresa do sector financeiro. Actualmente, esta equipa tem a seu cargo a comercialização em exclusivo e co-exclusivo de cerca de 40.000m2 de escritórios, incluindo a Torre Ocidente (junto ao Centro Comercial Colombo), o edifício Liberdade 252, o edifício Liberdade 249 e o D. Diniz Offices & Services na Quinta da Fonte.

O departamento de agência Industrial e Logística teve o maior destaque em 2013, com um crescimento da facturação de 136% face ao período homólogo e a colocação de uma área de aproximadamente 25.000 m². Das principais transações destacam-se a colocação da espanhola Coviran em Mem-Martins com 9.800 m², a colocação da Trucking no Centro de Distribuição de Alverca com 4.600 m² e da Jerónimo Martins com 4.350 m², no Centro Empresarial do Freixieiro. De referir, a venda da antiga sede da multinacional alemã BASF em Cabra Figa, com cerca de 2.200 m² de área de construção, a uma empresa nacional do sector industrial e o grande envolvimento deste departamento, na venda da Plataforma logística da Chronopost, com 8.200 m2, a um fundo imobiliário nacional.

O departamento de Avaliações estabeleceu, em 2013, um novo recorde em termos de facturação e volume de trabalho. É sem dúvida um dos departamentos mais fortes da CBRE, tendo avaliado cerca de 4.000 imóveis, no valor total de cerca de 12.000 milhões de euros.

A equipa de Building Consultancy (Arquitectura e Project Management) também obteve um crescimento muito relevante com uma subida de 88% comparativamente a 2012, tendo como principais projectos, uma Due Diligence técnica das instalações da Werfen, bem como, trabalhos de Project Management para empresas como a farmacêutica Lilly, a empresa de recursos humanos Towers Watson, a NOV (National Oilwell Varco) e a Explorer Investments.

A área de negócio de Property & Asset Management (Gestão de Activos Imobiliários), uma grande aposta da CBRE, manteve os seus projectos de gestão, dos quais se destacam o Edifício Neopark e alguns edifícios do Arquiparque, e ganhou a instrução de Gestão do Centro Comercial TorreShopping, propriedade do fundo alemão DEKA Immobilien, com efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2014.

A área de negócio de Research e Consultoria, esteve muito focada em estudos de consultoria de projectos em Angola e prestou diversos serviços de Asset Management a proprietários nacionais.

A CBRE foi ainda galardoada em 2013 com o prémio do Euromoney da “Melhor Consultora Imobiliária” e venceu pela sétima vez consecutiva o prémio de “Melhor Consultora do Ano” da revista Construir.

Para Francisco Horta e Costa, “o nível de actividade verificado no segundo semestre de 2013 permite-nos encarar 2014 com optimismo, dado o fluxo de negócios entretanto gerado e que deveremos concluir no primeiro semestre deste ano. Estes negócios envolvem principalmente a venda de vários imóveis na cidade de Lisboa para rendimento ou reabilitação e promoção, e totalizam cerca de 100 milhões euros. Os compradores são quase todos estrangeiros, oriundos de países como os EUA, China, Brasil e Suíça. É de salientar a entrada de capital Chinês, não só devido aos Golden Visa, mas também à entrada no nosso mercado de grandes empresas chinesas como a China Three Gorges e a Fosun, acompanhadas de bancos chineses e que ajudaram à abertura deste mercado”. O interlocutor diz-se estar também entusiasmado “com a nossa área de Property & Asset Management, onde esperamos ganhar mandatos de gestão de imóveis de grande dimensão, quer em escritórios, quer em centros comerciais, relançando definitivamente esta nossa área de negócio. Não prevemos que o mercado de arrendamento de escritórios registe grandes melhorias, dado que este mercado demora a reflectir o crescimento verificado na economia”.

Em jeito de conclusão, acrescenta que “de uma forma geral sentimos que os níveis de confiança são agora mais elevados, mas é preciso gerir este optimismo com moderação, dado que a nossa economia ainda apresenta fragilidades que vão demorar tempo a debelar.”