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Custo médio de arrendamento sobe face a 2022

De acordo com o Barómetro Imovirtual, Lisboa mantém uma renda média acima dos dois mil euros em Fevereiro, com o maior aumento (+59,7%) em relação ao mesmo mês do ano passado. Porto, Faro e Setúbal também mantêm renda média acima dos mil euros mensais em Fevereiro, sendo os distritos mais caros.

No global, o valor da renda média fixa-se agora em 1.437 euros, tornando-se 387 euros mais caro do que há um ano.

O barómetro revela que o valor médio dos imóveis para arrendar estabiliza de Janeiro para Fevereiro (-0,55%), fixando-se agora em 1.437 euros. Em relação a Fevereiro do ano anterior, quando a renda média se fixava nos 1.050 euros, há um aumento de +36,9% (387 euros mais cara).

Por distritos, Santarém (5,9%) e Castelo Branco (+5,2%) são os distritos com maior aumento da renda média Fevereiro, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 702 euros e 490 euros, respectivamente.

Em contrapartida, Évora regista a maior descida da renda média em Fevereiro (-13,9%), comparativamente com Janeiro, descendo para 907 euros. Segue-se o distrito da Guarda (-9,1%, onde a renda média se fixa em 408 euros.

Comparativamente com Fevereiro do ano passado, arrendar casa ficou mais caro em praticamente todos os distritos. Lisboa (+59,7%) regista o maior aumento da renda média, que passa de 1.305 euros para 2.084 euros. Seguem-se os distritos de Leiria (+46,8%) e Évora (+45,6%) com os maiores aumentos de renda média face a 2022.

Em relação ao período homólogo, Fevereiro apenas regista uma diminuição do preço médio de arrendamento na Guarda (-6,8%) e em Bragança (-0,09%).

Guarda (408 euros), Portalegre (410 euros) e Bragança (415 euros) são os distritos mais baratos para arrendar em Fevereiro. Lisboa é o mais caro, com a renda média acima de dois mil euros (2.084 euros), seguindo-se Porto (1.288 euros), Faro (1.209 euros) e Setúbal (1.189 euros).

No que diz respeito ao preço médio de venda anunciado, o Imovirtual avança que desce ligeiramente em Fevereiro em relação a Janeiro (-0,3%), fixando-se em 399.725 euros. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registava um valor médio de venda de 376.933 euros, há um aumento de +6%, com as casas a ficar cerca de 22 mil euros mais caras (em Janeiro, estavam 29 mil euros mais caras do que no período homólogo).

O distrito com o maior aumento do preço médio de venda em Fevereiro, face a Janeiro, foi Portalegre (+4%, para 120.112 euros). Seguem-se Guarda (+3,4%) e Beja (+3,22%), com os valores a fixarem-se, respectivamente, em 113.235 euros e 161.720 euros.

Por outro lado, Évora (-3%) regista o decréscimo mais significativo, com os restantes distritos a registarem relativa estabilização.

Em relação ao mesmo mês de 2022, o distrito que registou um maior aumento no preço das casas foi Santarém (+18,4%), onde os valores sobem de 176.114 euros para 208.561 euros. Os preços também sobem de forma mais significativa, em relação ao ano passado, em Aveiro (+15,5%, de 249.798 euros para 288.496 euros) e Setúbal (+15,4%, de 333.625 euros para 385.107 euros).

Bragança (-30,6%) e Portalegre (-6,6%) são os únicos distritos que, face a Fevereiro do ano passado, registam uma quebra do preço médio de venda.

Guarda (113.235 euros) e Portalegre (120.112 euros) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em Fevereiro. Os mais caros foram Lisboa (629.931 euros), Faro (585.148 euros) e Região Autónoma da Madeira (474.729 euros).

“Continuamos a verificar, desde o início deste ano, uma estabilização dos custos médios de venda e arrendamento de imóveis, uma resposta do mercado à actual realidade económica e social. Em relação ao ano anterior, os valores continuam a estar mais elevados em Fevereiro, no entanto, não tanto como em Janeiro, quando a diferença anual era mais significativa. Nesta fase de ajuste do mercado, continuamos a prever a estabilização dos preços, pelo menos nos meses que se seguem”, revela Diogo Lopes, marketing manager do Imovirtual, citado no comiunicado.

DR Foto: Kafai Liu na Unsplash