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Governo investe no desenvolvimento do Interior

Na sequência dos resultados positivos do Programa de Valorização do Interior (PVI), criado em 2018, o executivo vai agora apostar em projectos específicos adaptados às necessidades de cada região. A Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional revelou à agência Lusa que os programas vão ser concebidos em conjunto com actores e entidades locais.

Criado como sucessor do Programa Nacional para a Coesão Territorial, o PVI integra medidas que incidem sobre a população, o investimento empresarial e a valorização do território e conta com investimentos superiores a cinco milhões de euros, oriundos de várias fontes, como a Comissão Europeia, o Orçamento de Estado ou o Fundo Ambiental.

Isabel Ferreira, Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, afirma que os projectos de desenvolvimento do interior “estão a fazer a diferença, têm números concretos e precisam de ter continuidade”, garantido que “o desenvolvimento dos territórios do interior é uma prioridade, está no programa deste Governo e os recursos financeiros estarão disponíveis”.

Segundo Isabel Ferreira, a criação de emprego qualificado e o acesso à educação, saúde e cultura são os principais desafios no incentivo à mobilidade de pessoas para o interior do País, uma vez que são esses os principais factores que se tem em conta quando se escolhe o local para residir.

Quanto a medidas concretas que estão a ser postas em prática ou que deverão ser num futuro próximo para combater estes obstáculos, a Secretária de Estado destaca, na área da educação, os projectos-piloto em colaboração com comunidades intermunicipais “de partilha de turmas entre concelhos vizinhos”, para fazer face à inexistência alunos suficientes para constituir turmas suficientes para ter uma escola secundária em funcionamento.

O apoio às empresas também é uma das prioridades deste programa, que pretende criar candidaturas dedicadas, em exclusivo, para os territórios do interior, abertas em continuo em diferentes modalidades, para a inovação produtiva, investigação e desenvolvimento tecnológico, internacionalização e qualificação, entre outros. Outra das estratégias visa a cooperação com Espanha, permitindo uma estratégia comum.

A conectividade digital, cada vez mais relevante numa altura em que o trabalho à distância é uma realidade comum para uma parte significativa da população, é outro dos destaques estando em desenvolvimento, por parte da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), um estudo das zonas do País com piores ligações às redes de alta velocidade. O objectivo é, depois, abrir um concurso internacional para resolver estas falhas.

DR Foto: Leandro Silva on Unsplash