Millennium BCP aprovou mais de 100 mil moratórias de crédito
O banco Millennium BCP anunciou que já aprovou mais de 100.400 moratórias de crédito a famílias e empresas no âmbito das medidas de apoio à economia no contexto da pandemia de Covid-19.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que acompanha a apresentação de resultados trimestral (lucros de 35,3 milhões de euros), o banco refere que nas empresas foram aprovadas mais de 23.700 moratórias e nas famílias o número supera as 76.700 moratórias.
Já na conferência de imprensa que decorreu nas instalações do BCP no Taguspark, em Oeiras, e que visava a apresentação de resultados, o presidente executivo do BCP, Miguel Maya, salientou que, apesar da demora no arranque, o banco “foi muito rápido a fazer a operacionalização das moratórias”. E salientou: “Quero deixar bem claro que o fizemos no interesse dos clientes e do banco, porque se o tivéssemos feito – porque era uma pressão muito grande – fora destas moratórias sectoriais ou públicas, o que estávamos era a resolver o problema aos clientes no momento criando um problema enorme para o futuro”.
Miguel Maya esclareceu que sas reestruturações “eram imediatamente classificadas como NPEs (exposições não produtivas, crédito malparado), e ao serem marcados criava-se ali um estigma relativamente ao cliente que podia durar um prazo até dois anos”.
Relativamente à questão da extensão das moratórias mostrou-se favorável defendendo que deveriam ser alargadas “até final do ano e, para alguns sectores, no mínimo até final do primeiro trimestre do ano que vem”. Na sua opinião, “se formos acima disto estaríamos a prestar um bom serviço à economia, e portanto se houver propostas no sentido dos prazos serem mais alargados, até meados do verão do ano que vem, seguramente que o BCP”.
Refira-se ainda que relativamente às linhas de crédito, Miguel Maya avançou que o banco já desembolsou mais de 650 milhões de euros de apoios e que à data do dia 18 de Maio processou mais de mil pedidos de financiamento.
