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Nearshoring: Portugal é cada vez mais uma solução atractiva

De acordo com um estudo da Savills, Portugal tem estado a afirmar-se como uma das principais alternativas para a deslocalização de indústrias, numa lógica de nearshoring, sendo actualmente considerado o segundo mais atractivo do mundo e ficando apenas atrás da República Checa. Factores como a pandemia, as tensões geopolíticas e a crescente importância da sustentabilidade para os consumidores são responsáveis por esta classificação.

Os investidores nos mercados financeiros procuram cada vez mais empresas com bons critérios de Sustentabilidade, o que está a pressionar os fabricantes para melhorar seu desempenho ESG e forçá-los a reconsiderar as cadeias de abastecimento. Uma das consequências é aumentar a produção para locais mais próximos dos locais de consumo, o nearshoring, em detrimento do modelo seguido nos últimos anos de produção offshoring, onde os custos de mão de obra são mais baixos, mas onde os critérios ESG são ainda muito baixos.

A Covid-19 demonstrou que uma cadeia de abastecimento complexa e dispersa pode ser interrompida, enquanto a invasão russa da Ucrânia pode, nas palavras do FMI, “alterar fundamentalmente a ordem económica e geopolítica” a longo prazo.

Segundo Pedro Figueiras, associate director de indústria e logística da Savills, “Portugal tem feito um caminho muito relevante nas diferentes vertentes ESG, o que, a par com outros parâmetros, nos levam a sermos neste momento uma das melhores alternativas para relocalizar investimentos na indústria”. Pedro Figueiras reforça que “o segmento de Logística já estava a assistir a um forte crescimento de investimento e também na área da indústria há um interesse cada vez maior, tendência que esperamos que se mantenha, o que serão excelentes notícias para o nosso país”.

DR Foto: Chuttersnap on Unsplash