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Procura activa no mercado de escritórios

O volume do take up de escritórios atingiu o valor mais alto da média dos últimos seis anos (100.000m²). De acordo com a consultora Worx, com a confirmação da previsão de fecho de cerca de 145.000m2, é expectável um aumento de 16% em 2015, comparativamente ao ano anterior.

Em comunicado, o departamento de Agência de Escritórios da Worx revelou que “mantém-se como uma das empresas líderes no mercado com a colocação de 28.500m2 (Janeiro a Novembro) atingindo cerca de 27% de quota de mercado dos negócios realizados entre agentes e esperando superar este valor no fecho do ano”.

Para estes números muito terá contribuído um dos maiores negócios de 2015 realizados pela Worx: a colocação da Teleperformance no Edifício Álvaro Pais (Zona 2, CBD). A consultora foi ainda responsável por mais de 50% das operações realizadas na Zona 3 e 35% na zona 7.

Segundo Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, “o departamento de Escritórios inicia o ano de 2016 com uma procura activa de mercado de cerca de 107.000 m2, que transitam do ano 2015, excelente indicador para a performance de 2016. As procuras activas centram-se maioritariamente na zona centro de Lisboa. Verifica-se igualmente um claro aumento de pedidos para a Zona Ribeirinha, onde se prevê a deslocação de algumas empresas e a instalação de grandes ocupantes com o consequente desenvolvimento de comércio e serviços de suporte a um claro aumento de actividade nesta zona”.

O director de Agência de Escritórios lembrou que “a tendência de melhoria das sinergias entre colaboradores e departamentos com recurso a espaços abertos é o caminho para a rentabilização de espaços e custos em todos os sectores de actividade”.

Relativamente à oferta para 2016/2017, a consultora afirma que “continua a registar-se escassez de oferta nova para 2016 o que pode condicionar o número de transacções”. Aliás, como salienta, a “quebra que se tem vindo a registar no stock de oferta nova é um dos factores mais relevantes para a queda da taxa de desocupação”, por isso mesmo, “espera-se que em 2016 apenas entrem no mercado de escritórios cerca de 22.000 m² dos quais 55% já se encontram com contratos de pré-arrendamento”.

A escassez de oferta nova pode também “condicionar a ocupação imediata de empresas que procurem espaços a partir de 3.000 m2”, acrescenta. Basta observar o caso concreto do Parque das Nações (zona 5) que, como Pedro Salema Garção realça, actualmente já “é difícil encontrar disponibilidade de áreas de 500 ou 1.000 m2 para ocupação”.

Decorrente desta tendência, a taxa de desocupação inverteu o ciclo crescente que vinha a apresentar nos últimos cinco anos, com um valor de 11,7% em 2015 o valor mais baixo desde 2011.

Foto: Telmo Miller