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Quem procura casa em Portugal?

O portal imobiliário Imovirtual acaba de divulgar um estudo que revela que brasileiros, franceses, americanos, suíços e ingleses lideram o top 5 de países estrangeiros à procura de casa em Portugal. Com excepção da nacionalidade brasileira que prefere arrendar, os portugueses e demais estrangeiros preferem comprar casa.

De acordo com o Imovirtual, neste último trimestre, o número de utilizadores estrangeiros e portugueses a procurar imóveis em Portugal apresentou variações significativas, no qual a percentagem de utilizadores activos (22,5%) e novos utilizadores (5.18%) mostrou uma tendência de crescimento, especialmente em determinadas faixas etárias.

De acordo com Sylvia Bozzo, marketing manager do Imovirtual, citada no comunicado, “os dados reflectem uma procura diversificada e crescente pelo mercado imobiliário português, tanto por estrangeiros como por portugueses. Este crescimento é um sinal positivo da atractividade de Portugal como destino residencial e de investimento.”

Nestes últimos três meses, 16.5% do tráfego do Imovirtual foi estrangeiro, correspondendo os restantes 83.8% a utilizadores provenientes de Portugal. Relativamente aos países, o Brasil (3,24%) ocupa o primeiro lugar do ranking da procura de casa por estrangeiros deste último trimestre, em Portugal, representando uma percentagem significativa do tráfego. Seguindo-se a França (2,54%), os Estados Unidos da América (1,62%), a Suíça (1,60%) e o Reino Unido (1,26%).

No entanto, comparativamente com o ano anterior, é possível identificar variações percentuais que reflectem as mudanças nas preferências dos utilizadores estrangeiros, nomeadamente o Brasil que, apesar de continuar a ser um dos principais países a procurar imóveis em Portugal, apresentou uma variação negativa, quer na percentagem de utilizadores activos (-6.93%) comparado ao período homólogo de 2023. Em contraste, a procura interna em Portugal aumentou 21.28% nos utilizadores activos.

Diferente do Brasil, a França (+ 23.36%), os Estados Unidos (+ 25.36%), a Suíça (+ 17,07%) e o Reino Unido (+ 18,74%) são os top 5 de países estrangeiros que apresentaram crescimento em relação ao período homólogo.

Em relação aos perfis demográficos, em Portugal, França e Suíça, grupo etário que mais procura casa é dos 25 aos 44 anos. Enquanto no Brasil são os utilizadores na faixa dos 18-34 anos e nos EUA dos 35-54 anos. Contudo, apesar destes serem os grupos etários mais representativos na procura de imóveis nos respetivos países, não são os grupos que mais têm crescido, durante este período em análise.

Os utilizadores brasileiros e americanos tiveram o mesmo comportamento dos portugueses:  o grupo etário que mais cresceu foi o dos 55-64 anos, com um crescimento médio de 57%. Em França, o crescimento mais significativo foi entre os utilizadores com mais de 65 anos, com um aumento de 52%. Enquanto na Suíça, a faixa dos 45-54 anos mostrou um crescimento de 39%.

Analisando o tipo de procura e tipologias, tanto os estrangeiros como os portugueses se mostraram mais interessados em comprar casa do que arrendar. Com a excepção do Brasil, que é o único que demonstra mais interesse em arrendar do que comprar.

No que diz respeito às localizações, além de Lisboa e Porto, as zonas mais procuradas incluem Cascais e Estoril, Portimão, Albufeira, Cedofeita e Paranhos. Estas áreas destacaram-se no ranking das preferências dos utilizadores.

Sylvia Bozzo refere que, “com a aproximação da época de férias, muitos estrangeiros aproveitam a oportunidade para explorar opções de compra e arrendamento em Portugal. As zonas litorais, como Cascais, Estoril, Portimão e Albufeira, são particularmente populares durante esta época, reflectindo o aumento do interesse por áreas que combinam beleza natural com excelente qualidade de vida. Assim, este aumento na procura durante o período de férias reforça a atractividade de Portugal como um destino não só turístico, mas também residencial”.

Desta forma, o estudo do Imovirtual demonstra que Portugal continua a ser um destino atractivo para compradores e arrendatários, tanto nacionais como internacionais.

Refira-se que o presente estudo é baseado em dados disponíveis na plataforma, no qual analisa a evolução do tráfego proveniente de países estrangeiros, assim como o de Portugal. Os dados agora partilhados têm como referência os últimos três meses (de Março a Junho) e o comparativo com o período homólogo do ano anterior.

DR Foto: Frank Eiffert na Unsplash