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Crescimento médio anual das rendas estabiliza

A imobiliária Knight Frank, da qual a portuguesa Quintela + Penalva é parceira desde 2021, informou que realizou um estudo onde analisou os preços das rendas de 15 cidades de todo o mundo, tendo denotado um crescimento médio anual de 3,5% nos 12 meses até ao final de Junho de 2024, mantendo-se ao mesmo nível registado no primeiro trimestre do ano.

Estes números, que constam no estudo Prime Global Rental Index, interrompeu o declínio contínuo no crescimento anual das rendas que tinha sido evidente desde o pico de crescimento registado no início de 2022.

A taxa de crescimento anual das rendas manteve-se em 3,5% no segundo trimestre deste ano, o mesmo nível atingido no primeiro trimestre. Embora esta taxa seja significativamente inferior ao crescimento médio registado nos últimos anos, é apenas ligeiramente inferior à taxa média de longo prazo, anterior à pandemia Covid-19, de 3,8%.

Embora, de acordo com o relatório, o crescimento anual tenha abrandado recentemente, o crescimento trimestral recuperou, situando-se em 1,1% no segundo trimestre, estando ligeiramente acima da taxa de tendência a longo prazo de 0,9%.

No segundo trimestre de 2024, 80% dos mercados registaram um aumento das rendas numa perspetiva anual, à semelhança do que aconteceu no trimestre anterior (Hong Kong, Toronto e Singapura são as exceções).

Segundo a Knight Frank, Sydney, Tóquio, Berlim e Frankfurt são os únicos mercados com um crescimento das rendas acima de 5% nos últimos 12 meses, sendo que o mercado com o valor mais acentuado foi o de Sydney, onde as rendas aumentaram quase 14% no último ano.

“O recente abrandamento do crescimento das rendas “prime” sugere o fim da substancial revalorização dos principais mercados urbanos registados nos últimos anos. Mesmo o sector de luxo está sujeito a restrições de acessibilidade e, na maioria das cidades, o crescimento das rendas aproximou-se dos níveis de tendência a longo prazo. No entanto, com a maioria dos mercados ainda a sofrer a pressão de uma procura relativamente forte face a uma oferta limitada – exacerbada pelas interrupções no desenvolvimento da era Covid –, é provável que a pressão ascendente sobre as rendas apoie um crescimento acima da tendência a médio prazo”, afirma Liam Bailey, director global de pesquisa da Knight Frank.

Em média, as rendas “prime”, isto é, afetas a imobiliário de luxo, estão agora 27% acima do nível do 1º trimestre de 2021, tendo em conta as 15 cidades analisadas pelo mais recente relatório da Knight Frank.

O maior crescimento foi registado em cinco cidades, que viram as rendas ultrapassar os 40% durante este período. O top é liderado por Nova Iorque (57,1%), Londres (56,5%) e Miami (45,8%). A imobiliária destacou ainda Singapura e Sidney, com valores de 41,4% e 40,9%, respectivamente. Porém, Hong Kong apresenta um crescimento negativo, registando um valor de -0,6%.

Nos últimos anos, as rendas evoluíram em direcções opostas aos preços da habitação nos mercados de luxo. O boom imobiliário resultante do período Covid provocou um abrandamento das rendas, entre 2020 e 2021. Em 2022 e 2023, as rendas aumentaram à medida que os trabalhadores afluíam às cidades após o fim dos bloqueios contínuos, e os preços das casas começaram a ser afectados pelo aumento das taxas de juro, o que levou a um desempenho significativamente superior do arrendamento.

DR Foto: Dan Freeman na Unsplash