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Empresas chinesas dominam receitas da Construção

As 100 maiores empresas de construção geraram receitas de mais de 1,39 mil milhões de dólares em 2018, um aumento de 10% face ao ano anterior, de acordo com o estudo Global Powers of Construction (GPoC) da Deloitte. A China liderou as receitas.

Este estudo, que analisa a indústria mundial de construção e examina as estratégias e o desempenho das principais empresas em 2018, refere que as empresas chinesas continuam a dominar o Top 100 do ranking no que respeita a receitas, enquanto que as de outros países asiáticos, maioritariamente do Japão e da Coreia do Sul, juntamente com empresas dos Estados Unidos da América, França e Espanha, têm também uma presença significativa.

A predominância de empresas chinesas deve-se maioritariamente à dimensão do mercado de construção do país, uma vez que as suas vendas internacionais são mais baixas que outras empresas no topo do ranking, na percentagem das vendas totais. As empresas de construção europeias estão entre os principais players deste ranking – as Top 5 em vendas internacionais têm sede na Europa.

A construtora Mota-Engil é a única empresa portuguesa a figurar no ranking, ocupando a 74.ª posição, com receitas acima dos três mil milhões de dólares em 2018. A construtora obteve um crescimento de 14%, um resultado acima da média.

As receitas agregadas do Top 30 do GPoC em 2018 cresceram 12%, a rentabilidade operacional situou-se nos 6,1%, sendo que a capitalização agregada do mercado decresceu 10%. Apesar de se verificar um aumento de receitas e da capacidade de gerar resultados positivos, também o endividamento aumentou.

As receitas provenientes dos mercados internacionais e dos setores non-construction, de acordo com o estudo representam cerca 21% e 22%, respectivamente.

As previsões deste estudo apontam para um crescimento da economia global entre os 2,5 a 3% ao ano entre 2018 e 2022. A indústria de construção deverá crescer 3,6% ao ano no mesmo período, com receitas estimadas de 15 mil milhões de dólares até 2025.

“Muitas empresas da indústria de construção continuam a diversificar o seu portefólio de serviços para alcançar um crescimento sustentável e para aumentar as margens provenientes dos projectos de construção. Por outro lado, a indústria tem um conjunto de desafios para aumentar a sua produtividade. O recurso a soluções tecnológicas, como a integração de soluções cloud-based collaboration, robotics, wearbale technology e de inteligência artificial, realidade aumentada e virtual vai permitir ao setor melhorar significativamente os seus índices de produtividade nos projectos de construção” refere João Paulo Domingos, Partner da Deloitte e líder da indústria de Energy, Resources & Industrials.