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Hong Kong tem os escritórios mais caros do mundo

A Worx Real Estate Consultants acabou de divulgar os dados do estudo “Global Capital Markets” da sua associada internacional, Knight Frank. Neste estudo a Knight Frank analisou os valores da venda prime de escritórios em 32 cidades concluindo que Hong Kong é a cidade com o valor mais elevado. Lisboa ocupa o 31º lugar.

Os valores da venda prime de escritórios em Hong Kong ultrapassam os 62.000 €/m², seguindo-se no rancking Singapura com um valor de 25.143 €/m².

Ao todo foram analisadas 32 cidades, às quais juntaram os dados de Lisboa, Maputo e Luanda, de forma a perceber que área de escritórios “prime“ é possível comprar tendo como base cerca de 88 milhões de euros.

As três primeiras cidades encontram-se no continente asiático seguidas por Paris, Londres, Zurique e Nova Iorque. A primeira cidade da Europa do Sul é Milão (14º lugar), seguida de Madrid (21º lugar), Barcelona (30º lugar) e Lisboa (31º lugar) à frente de Kuala Lumpur e Bangkok.

Se com o mesmo valor em Hong Kong podemos comprar apenas pouco mais de 1.400 m², em Lisboa conseguimos comprar mais de 25.000 m², ou seja, cinco vezes mais área que em Zurique.

Em Luanda não se consegue chegar aos 10.000 m² sendo que nos últimos meses se tem assistido a uma queda significativa dos valores. Maputo fica ligeiramente à frente de Barcelona sendo possível adquirir pouco mais de 22.300 m².

Segundo Pedro Valente do departamento de Capital Markets da Worx, “para esta análise considerámos a zona prime (Avenida da Liberdade) tendo por base a renda prime e a prime yield registadas em 2014”. Neste âmbito, “assistimos no último ano, em Lisboa, a uma descida considerável das prime yields. É espectável que no início deste ano a tendência se mantenha, com uma contracção das yields que deverá atenuar-se até ao final do ano”.

No mesmo estudo, a Knight Frank prevê que em 2015 o volume de investimento cresça pelo menos 10% atingindo assim um volume global superior a 600 mil milhões de euros, sendo que o ano de 2014 terminou com um volume superior a 500 mil milhões de euros, mais 15% que em 2013. Para 2015 a Knight Frank prevê uma nova onda de investimento chinês através de empresas estatais e/ou privados, um investimento mais diversificado por parte de grandes fundos de pensões japoneses e aumentos das rendas devido à falta de oferta e à pressão crescente da procura.

Darren Yates, Head of Capital Markets Research da Knight Frank, esclarece que “a disponibilidade e valores de terrenos são fundamentalmente os problemas que levaram ao aumento das rendas, especialmente em cidades como Hong Kong e Singapura. Estas localizações têm imensos constrangimentos de oferta, altos níveis de densidade populacional e uma abundância de empresas internacionais de sucesso com capacidade para pagar rendas mais altas”.

O estudo da Knight Frank inclui ainda o resultado de uma sondagem realizada pelo Sumitomo Mitsui Trust Bank que revela que nos próximos anos se espera que mais de 70% dos maiores fundos de pensões japoneses entrem ou aumentem a sua exposição no mercado imobiliário.