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Investidores na hotelaria da região EMEA mais optimistas do que nunca

O Grupo de Hotéis e Hospitalidade da JLL divulgou os resultados do seu estudo bianual global Hotel Investment Sentiment Survey, o qual revela que as expectativas em relação à operação hoteleira na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) deverão manter-se especialmente fortes nos próximos seis meses a dois anos.

De acordo com os resultados do inquérito, os investidores estão a registar um forte aumento da confiança no sector e esperam que o crescimento da actividade hoteleira acelere na região EMEA, com as expectativas de curto prazo a subirem 45 pontos percentuais para 64% e as de médio prazo a crescerem 42 pontos percentuais para 79% desde o último inquérito.

Das 31 cidades analisadas na região EMEA, todas, à excepção de Moscovo, deverão exibir um forte crescimento da performance dos hotéis nos próximos seis meses. A capital russa junta-se, contudo, às restantes cidades monitorizadas quando são consideradas expectativas de mais longo prazo. O sentimento dos investidores é mais forte em Londres, seguindo-se Munique, Amesterdão e Copenhaga.

Em relação a Lisboa, o estudo da JLL revela que as intenções de investimento em imobiliário hoteleiro a curto prazo (seis meses) neste mercado são maioritariamente (68%) para a aquisição de activos. A promoção de hotéis como forma de investimento reúne 21% das intenções dos investidores, enquanto as estratégias de alienação de activos hoteleiros têm um peso de 11%. A cidade é considerada pelos investidores como um dos principais mercados alvo no que diz respeito às estratégias de compra de imobiliário hoteleiro na região EMEA, a par da vizinha Madrid e de Budapeste. Tal como Madrid (também com 68%), Lisboa apresenta o rácio mais elevado das intenções de aquisição nos países analisados na região EMEA. As diferenças entre as duas capitais residem nas intenções de investimento em promoção e nas estratégias de alienação, que em Madrid têm pesos de 24% e 8%, respectivamente. Ambas as cidades estão bastante acima da média da região EMEA, onde as intenções de investimento em imobiliário hoteleiro a curto prazo se repartem entre 47% para a aquisição, 26% para a promoção e 27% para a alienação.

Globalmente, o sentimento dos investidores em relação à actividade hoteleira disparou nos últimos seis meses, com as expectativas a crescerem 26 pontos percentuais para 58% no curto prazo e 28 pontos percentuais para os 67% no médio-prazo. Em ambos os casos, atingiram-se os níveis mais elevados de sempre, com o sentimento positivo em relação à operação hoteleira alinhado de forma ampla nas três regiões, sendo também um sinal de que os dias mais conturbados da crise financeira global ficaram para trás no mercado de investimento imobiliário em hotéis.

Foto: Anabela Loureiro