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Nova bolha imobiliária

A bolha imobiliária do subprime rebentou nos EUA em 2008 mas, ao que parece, poderá estar no horizonte uma repetição daquele cenário. Quem o vaticina é o Nobel da Economia.

O estouro pode já acontecer em 2014, adverte Robert J. Shiller. Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, explicou que “em muitos países os preços imobiliários e nas bolsas têm subido muito”, mostrando-se preocupado com o novo “boom nos Estados Unidos porque a nossa economia ainda está fraca e vulnerável. Tudo isso pode terminar mal”. Ontem, o Magazine Imobiliário dava conta de um novo boom imobiliário na cidade de Miami, afectada pela crise imobiliária de 2008, e que está novamente com uma actividade construtiva e imobiliária pujante graças aos investidores estrageiros.

O Nobel da Economia frisa ainda que esta bolha não é exclusiva dos países anglo-saxónicos, salientando o caso da cidade brasileira do Rio de Janeiro onde os preços dos imóveis aumentaram de forma acentuada nos últimos cinco anos fruto das “oportunidades de investimento” e de “uma florescente classe média”. Assim como focou o caso do Reino Unido, onde o preço de uma moradia está a aumentar em valores superiores ao dobro da inflacção do país.

Este artigo mostra que uma nova bolha imobiliária no Brasil ou no Reino Unido terá um diminuto impacto global. Mas se a bolha estourar nos Estados Unidos da América o impacto será à escala mundial. A diferença é que, desta vez, não será atingida a classe média mas a classe média-alta e alta através das chamadas “hipotecas jumbo”.

Foto: Wikipédia