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Paris redescobre imobiliário português

O Salão do Imobiliário e do Turismo de Portugal regressa a Paris nos dias 5 a 7 de Junho de 2015, no Parque de Exposições da Porte de Versailles, França. Trata-se de um evento organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP) e pela Associação Industrial de Portugal, que vai contar com a participação de vários expositores portugueses.

“Desde a primeira edição que este tem sido um salão que tem crescido sempre”, explica o director executivo da CCIFP à Magazine Imobiliário. Segundo Ricardo Simões, este crescimento denota-se ao nível “do número de visitantes, de expositores, de projecção nacional e internacional”.

Ricardo Simões esclarece que um dos públicos-alvo desta iniciativa é “a comunidade lusófona radicada em França, quer particulares, quer empresários”. Mas na carteira de potenciais investidores estão sobretudo “os franceses que têm demonstrado um elevado interesse em investir em imobiliário fora de França” e aqui, o claro destaque vai os seniores e profissionais liberais. Na mira deste salão estão ainda os “fundos de investimento imobiliário franceses”, sendo que conseguem “mobilizar todas as grandes empresas da área do imobiliário, desde promotores, mediadores, a banca…”.

O representante da CCIFP salienta que, neste momento, existem “cerca de 15 milhões de seniores em França, ou seja, estamos a falar de um quarto da população francesa”, como tal, esta “é uma quota de mercado interessante para ‘explorar’ do ponto de vista imobiliário e turístico de Portugal”. Relembrando ainda que são já “sete mil os franceses que vieram para Portugal ao abrigo do regime fiscal para Residentes Não Habituais”.

Além da “melhoria na política fiscal” portuguesa que atrai os investidores estrangeiros, salienta que “uma das vantagens que potenciou o aumento da captação de investimento e de compradores em Portugal foi a instabilidade dos mercados do Norte de África onde, por norma, os cidadãos franceses investiam”. Por isso, “os indicadores económicos apontam para uma forte possibilidade do mercado francês crescer no nosso País”.

Em termos de empresas nacionais expositoras, o director executivo da CCIFP afirma que se nota “uma estratégia muito interessante, em que as empresas se agrupam por região ou por tipo de produto e apresentam-se de forma conjunta no salão”. Avançando que, este ano, “iremos ter pela primeira uma participação conjunta de Évora, bem como do Turismo do Norte e Porto”. À semelhança do ano passado a Invest Lisboa vai apresentar um stand conjunto de várias empresas.

Ainda assim, defende que “tem de existir uma diversificação de oferta no certame ao nível de procura por parte dos estrangeiros e dos visitantes”. “Algarve e Lisboa, claramente, lideram as preferências, mas também já há um interesse por parte de outras regiões como a do Porto e isto só se considerarmos os visitantes portugueses”. Têm também trabalhado a região Centro, do Alentejo e Ilhas, sendo que a Câmara do Comércio esteve em Novembro de 2014 na Madeira, onde “estabeleceu uma parceria com a Secretaria Regional do Turismo, que manifestaram a falha e a importância de não terem estado presentes neste evento”, por isso Ricardo Simões acredita que “este ano vão ter uma presença expressiva no evento”.

Este ano vai decorrer pela primeira vez, entre os dias 3 e 5 de Julho o Salão Imobiliário e de Turismo em Lyon, um mês após o evento de Paris. Esta iniciativa permite, segundo Ricardo Simões, “um alargamento e uma continuidade da comunicação sobre o investimento imobiliário em Portugal”. Como esclarece: “Lyon é a segunda região económica francesa, tem uma ‘boa’ taxa de envelhecimento dentro do que é o nosso target e que têm um bom poder de compra, geograficamente encontra-se no enclave de uma zona tradicionalmente de portugueses e ainda a vantagem de poder ‘piscar o olho’ à Suíça que está a uma hora de carro. Esta cidade é capaz de fazer convergir os visitantes da região Sul de França e da Suíça, que é a ‘cereja no topo do bolo’”.

O director executivo da CCIFP rematou que “o salão de Paris partiu do nada, enquanto o de Lyon tem por trás uma campanha de promoção que atinge 35 milhões de franceses”.

Foto: Anabela Loureiro