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33 praias portuguesas com zero poluição

A época balnear começa no dia 1 de Junho na maioria das praias. Aljezur e Vila do Bispo são os concelhos com maior número de praias ZERO poluição.

A ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável identificou 33 praias ZERO poluição em Portugal, o que significa que não foi detectada qualquer contaminação nas análises efectuadas ao longo das três últimas épocas balneares. Este valor representa cinco por cento do total das 601 zonas balneares existentes em 2017.

Esta análise teve em conta os parâmetros da legislação em vigor e concluiu que existem 31 zonas balneares costeiras e duas interiores com ZERO poluição. Os concelhos com maior número de praias com ZERO poluição são Aljezur e Vila do Bispo (quatro praias), Grândola, Sines, Tavira e Vila Nova de Gaia (três praias).

Em 2017, porém, há menos 38 praias que ZERO que no ano passado, quando foi feita a primeira contabilização deste tipo de águas balneares, o que representa um enorme e preocupante decréscimo.

Apesar de ser extremamente difícil conseguir um registo incólume ao longo de três anos nas zonas balneares interiores, muito mais suscetíveis à poluição microbiológica, há duas praias nessa situação – Albufeira de Vilar em Moimenta da Beira e Zaboeira (albufeira de Castelo de Bode) em Vila de Rei.

A partir de dados solicitados à Agência Portuguesa do Ambiente, a Associação ZERO identificou as praias que, ao longo das três últimas épocas balneares, não só tiveram sempre classificação ‘Excelente’ como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de detecção em todas as análises efectuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coli e Enterococos intestinais). Isto é, em todas as análises efetuadas não houve sequer a deteção de qualquer unidade formadora de colónias.

Três anos corresponde ao período mínimo habitualmente requerido pela Directiva 2006/7/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 15 de Fevereiro de 2006 relativa à gestão da qualidade das águas balneares para se proceder à classificação da qualidade da zona balnear.

A ZERO seleccionou três aspetos que considera cruciais neste início de época balnear em muitas praias: por razões ambientais e de segurança, só devem ser frequentadas praias classificadas como zonas balneares, onde há vigilância e onde se conhece a qualidade da água; não devem ser deixados quaisquer resíduos na praia e, de preferência, devemos encaminhá-los através da recolha seletiva. Mais de 80 por cento dos 12,2 milhões de toneladas de plástico que entram no ambiente marinho em cada ano vêm de fontes terrestres, sendo o maior contribuinte o lixo de plástico, incluindo itens como garrafas de bebidas e outros tipos de embalagens; deve-se preservar a paisagem e os ecossistemas envolventes das zonas balneares, evitando o pisoteio de dunas ou outras áreas sensíveis.

Foto: RTA/Helio Ramos