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Ocupação de escritórios regista menor ritmo em 2023 

De acordo com o mais recente Office Flashpoint da consultora JLL, a ocupação de escritórios em Janeiro ascendeu a 4.100 metros quadrados (m2) em Lisboa e 3.100 m2 no Porto, níveis de actividade que sinalizam um arranque de ano brando para este mercado. No caso de Lisboa, o take-up deste primeiro mês contrasta com ritmos médios mensais de 20.000 m2 ao longo de 2022, enquanto no Porto a actual actividade compara com uma ocupação média mensal em 2022 na ordem dos 5.000 m2.

Citada no comunicado, Sofia Tavares, head of Office Leasing da JLL, nota que “já se antecipava um início de ano com menor ritmo. Desde logo porque, especialmente em Lisboa, 2022 foi um ano excepcional em termos de ocupação e com muitas operações de pré-arrendamento, pelo que naturalmente 2023 deverá trazer algum abrandamento à actividade. Além disso, este é um período tipicamente de maior expectativa das empresas em relação ao desenvolvimento do ano, agravado agora pelas projecções económicas negativas. Nos dois primeiros meses do ano é natural assistirmos a um maior tempo de decisão das empresas em relação à mudança ou expansão das suas instalações.”

A responsável acrescenta que “não há, contudo, sinais de um abrandamento de procura. As empresas continuam muito activas na pesquisa de espaços, sendo um dos grandes drivers a busca por um escritório que acolha as novas tendências de trabalho e que seja mais amigo do ambiente e das pessoas. Além disso, continuamos a lidar com um problema de falta de oferta qualificada e imediatamente disponível. Isso vê-se nos dados de Janeiro, com a quase totalidade das operações a ser para ocupação imediata.”

Em Lisboa, a actividade em Janeiro traduziu a realização de 11 operações, todas com áreas abaixo dos 1.000 m2 e todas para ocupação imediata. A zona 2, CBD, foi a localização mais activa do mês, concentrando 33% da ocupação, enquanto as empresas de Serviços Financeiros foram as mais dinâmicas, com uma quota de 30% da área ocupada no mês.

No Porto, o cenário foi um pouco diferente, com quatro operações e em que apenas uma das quais gerou quase 80% da área ocupada. À semelhança de Lisboa, a quase totalidade da área tomada (94%) foi para ocupação imediata. Reflectindo a realização da já referida operação, Matosinhos dominou a actividade mensal (83% do take-up) e o sector de “Construção e Imobiliária” o sector de procura predominante (83%).

DR Foto: Nastuh Abootalebi na Unsplash