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Um chefe dedicado no Penha Longa Resort

A Magazine Imobiliário costuma divulgar as novas ementas e combinações improváveis do menu do restaurante Midori, no Penha Longa Resort. Por isso, conversou com o mentor e ‘inovador’ deste espaço: o Chef Pedro Almeida.

Com um trabalho reconhecido a nível nacional e internacional, o Chef Pedro Almeida diz, desde logo, que esse “reconhecimento na vida profissional só pode vir com o trabalho”; aliás, considera que esse foi o factor mais importante no seu reconhecimento.

Recuando um pouco no tempo, recorda os primeiros passos que deu até chegar ao seu actual patamar. “Tudo começou quando era pequeno com a influência dos sabores e do carinho pela comida que via nos meus pais e na minha avó, a partir daí fui encontrando pessoas na minha vida que claramente influenciaram a minha maneira de ver a comida e de a cozinhar”. O Paulo Morais e a Anna Lins foram os seus primeiros chefs e com os quais aprendeu “tantas coisas”, com eles e com as suas “equipas claro!”

No que diz respeito à “arte” da cozinha propriamente dita, considera que tem que ser “vista como um conjunto de vários factores”. Pois como explica: “Não conta só ter-se muita técnica e saber-se todos os truques, mas também tem que se ter ‘alma’, tem que se amar o que se faz e claro conhecer os sabores, quantos mais melhor. Quando se junta isto, consegue-se tudo, misturando claro uma boa dose de trabalho”.

Todos os anos jovens cozinheiros saídos das escolas aspiram ser um “Pedro Almeida”, uns têm os pés assentes no chão outros estão muito enamorados pelo mediatismo que esta profissão alcançou. Esta é uma ideia partilhada pelo Chef Pedro Almeida que enfatiza mesmo que “na cozinha portuguesa de hoje em dia esse é um grande problema com que nos defrontamos”. Com efeito, acha que “o mediatismo da cozinha só mostrou as partes mais interessantes da cozinha e o choque que os mais novos sentem quando chegam a uma cozinha de verdade, muitas vezes, faz com que percam o deslumbre inicial muito rapidamente”. É que, como salienta, “trabalha-se muito, é muito desgastante, quer física como psicologicamente e nem todos conseguem aguentar. Mas os que ficam, esses sim são muito bons”.

Por fim, não podemos deixar de questionar o Chef Pedro Almeida sobre o facto da cozinha portuguesa gourmet de luxo estar também na moda. A resposta não podia ser mais clara: “O que define a cozinha de luxo são os produtos que utilizamos, as combinações improváveis e fora do normal que criamos e claro o trabalho e atenção ao promenor no momento de empratar”. Esses factores são, no seu ponto de vista, “o que nos torna diferentes”.

Foto: Pedro Sampayo Ribeiro