Mercado Imobiliário de luxo cresce a nível global
Entre Abril e Junho foram vendidas, a nível mundial, 463 propriedades por valores superiores a 10 milhões de dólares, reportou o Global Super-Prime Intelligence Report elaborado pela Knight Frank.
Os números registados pelo relatório, que analisa os 11 mercados mundiais acompanhados pela Knight Frank, da qual a portuguesa Quintela e Penalva é parceira desde 2021, denotaram um ligeiro decréscimo em relação às 476 vendas registadas no trimestre anterior.
De acordo com a Knight Frank, o Dubai foi o mercado com maior número de vendas no segundo trimestre, embora as 85 vendas registadas indiquem um abrandamento em relação ao pico verificado no terceiro trimestre de 2023, com 131 transacções. Nova Iorque surge em segundo lugar, com 72 vendas, o número mais elevado dois últimos dois anos. Hong Kong, em terceiro lugar, registou com 61 vendas, sugerindo uma reviravolta no mercado local, após vários trimestres de abrandamento. A procura da China continental impulsionou a actividade, com alguns preços na cidade a terem um forte crescimento.
Os valores totais das vendas super-prime atingiram 33,4 mil milhões de dólares nos 12 meses até Junho de 2024. Os valores de vendas anuais estabeleceram-se num intervalo entre 32 mil milhões e 34 mil milhões de dólares, desde o quarto trimestre de 2022, após o fim do boom no mercado, impulsionado pela actividade verificada em período pandémico, quando os valores totais atingiram um pico de quase 44 mil milhões de dólares no final de 2021.
Apesar do recente abrandamento, o Global Super-Prime Intelligence Report mostrou que o legado da pandemia trouxe uma mudança radical na dimensão do mercado super-prime, uma vez que a actividade em mercados como Palm Beach, Miami e Dubai, em particular, registaram um aumento na sequência de uma distribuição da riqueza a nível mundial. O valor anual de vendas totalizou 33,4 mil milhões de dólares, em forte contrate com os 20,1 mil milhões de dólares verificados em 2019.
Dubai é o mercado em crescimento em destaque, com vendas de imóveis de valores superiores a 10 milhões de dólares a aumentar de 23 unidades em 2019 para 436 no período de 12 meses analisado.
Por sua vez, Genebra também registou um forte aumento, com as vendas a crescerem de 59, em 2019, para 102 no mesmo período. Já Palm Beach, nos Estados Unidos, passou de 50 para 138, e Miami registou um aumento notável de 41 para 149, ou seja, mais que triplicaram as vendas de imóveis ultra-prime.
Embora alguns mercados, como Nova Iorque, Singapura, Paris e Hong Kong, tenham sido menos afetados pelo recente crescimento, alguns mercados mais maduros, como Londres e Los Angeles, viram as vendas deste segmento aumentar entre 25% e 50%, durante este período.
Segundo a Knight Frank, o motor deste crescimento do mercado ultra-prime tem sido o aumento do património global nos últimos anos. O seu mais recente Wealth Report revela que o número de indivíduos com um património líquido de 30 milhões de dólares ou mais (UHNWI) a nível mundial cresceu 19% nos últimos anos.
O desempenho notável de alguns mercados, como os EUA e o Dubai pode ser parcialmente atribuído ao recente aumento da criação de riqueza nestas regiões, com o número de UHNWIs a aumentar 8% e 6,2% em 2023, respectivamente.
“A criação substancial de riqueza tem apoiado o crescimento do mercado global de mercado global de vendas super-prime. A transformação de mercados como Dubai, Palm Beach e Miami mais do que compensou o abrandamento desaceleração registada em alguns mercados mais maduros. Com a descida das taxas os volumes totais de transações são de transações deverão aumentar até 2025”, destaca Liam Bailey, director global de pesquisa da Knight Frank.
“O cliente está cada vez mais exigente, procura projectos de grande qualidade e distintivos. Muitas vezes, os clientes procuram propriedades únicas com características muito especificas e que estão fora do mercado. Para acompanhar esta tendência e garantir que oferecemos as melhores soluções, a nossa equipa Private oferece um serviço personalizado e à medida das necessidades dos clientes, compradores ou proprietários, de elevado envolvimento financeiro”, acrescenta Francisco Quintela, director-executivo da Quintela e Penalva.
DR Foto: LYCS Architecture na Unsplash
