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Preços dos imóveis comerciais têm a subida mais elevada da última década

De acordo com a informação avançada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Índice de Preços das Propriedades Comerciais (IPPCom) aumentou 5,5% em 2023, mais 1,3 pontos percentuais (p.p.) do que em 2022, “tratando-se da taxa de variação média anual mais elevada da última década.”

Com efeito, conforme o INE informa, o mercado das propriedades comerciais continuou a evidenciar uma dinâmica de crescimento dos preços de transacção que culminou naquela que é a subida mais elevada desde 2009, sendo que, desde esse ano, só em 2021 se registou um crescimento homólogo acima dos 5%.

Esta subida homóloga do IPPCom levou a que em 2023 se observasse uma redução da diferença entre a taxa deste índice e a do Índice de Preços da Habitação (IPHab) – com esta segunda a avançar 8,2%, o que reflecte uma desaceleração face ao ano anterior.

No que se refere ao mercado residencial, em 2023, o INE diz que “continuou a apresentar um ritmo de crescimento anual dos preços superior ao registado nas propriedades comerciais, 8,2% e 5,5%, respectivamente”. Acrescentando que a desaceleração dos preços dos imóveis residenciais (-4,4 p.p.) deve-se “ao aumento do ritmo de crescimento dos preços das propriedades comerciais, conduziu ao menor diferencial das taxas de variação entre os dois indicadores desde 2015.” Em 2023 essa diferença fixou-se em 2,7 p.p. face aos 8,4 p.p. em 2022.

Recorde-se que o IPPCom visa medir a evolução dos preços das propriedades comerciais transaccionadas no território nacional. À semelhança do que sucede com o IPHab (divulgado pelo INE desde Julho de 2014), o IPPCom utiliza informação administrativa fiscal do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

DR Foto: Freguesia de Estrela na Unsplash